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Vaza Jato nos jornais – 13 de junho

Por Eduardo Barbabela e João Feres Jr.

José Cruz/Agência Brasil
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Dias Toffoli, participam do lançamento de pacto nacional pelos direitos da criança e do adolescente vítima de violência.

 

dia 4

O quarto dia de cobertura do escândalo Vaza Jato nos jornais trouxe novidades. Se durante os três primeiros dias os textos negativos sobre Sérgio Moro predominaram, hoje, dia 13 de junho, a crítica ao hacking tornou-se o tema mais discutido nas páginas dos jornais.

A Folha ainda se destaca como o jornal que mais discute o escândalo, com 15 textos publicados na edição de 13 de junho. O jornal apresenta cobertura equilibrada, sem grandes diferenças quantitativas entre os três códigos. A Folha abre espaço para a discussão sobre a suspeição de Moro no processo de Lula, apesar de destacar a fala do ministro Fachin de que a Lava Jato não será maculada pela divulgação das conversas.

O Estadão pela primeira vez abre mais espaço para o escândalo na cobertura, com 12 textos no dia de hoje e mantém o equilíbrio de outros dias. O maior destaque de sua cobertura está na discussão sobre possíveis efeitos desse escândalo junto ao presidente Bolsonaro e também sobre a questão de hacking de celulares.

A cobertura de O Globo opta pelo tema do hackeamento de aparelhos celulares. Ao longo do texto, o jornal reforça a discussão sobre a coleta ilegal de dados dos aparelhos celulares de membros do Judiciário e retoma a ideia de que as conversas não teriam nenhuma ilegalidade. Alguns textos de opinião defendem que Moro teria se excedido e passado do limite em sua atuação na Lava Jato.

No quarto dia a ideia de que o hacking dos telefones celulares de Moro e dos procuradores foi um ato criminoso ganhou grande destaque nas páginas dos jornais. A divulgação de nova conversa que envolve o ministro do Supremo Luiz Fux foi notícia, porém não teve grande repercussão. Assim, a grande imprensa ensaia uma guinada, privilegiando a questão da segurança de dados em detrimento dos problemas éticos, políticos e jurídicos das ações de Moro, procuradores e ministros do Supremo.

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