Vaza Jato nos jornais – 22 de julho
Por Eduardo Barbabela, Juliana Gagliardi, Natasha Bachini e João Feres Jr.
O quadragésimo terceiro dia de Vaza Jato traz cinco textos sobre o escândalo. As novas mensagens vazadas pelo Intercept foram tema nas edições diárias de Estadão e Folha. Já O Globo ignora os vazamentos e cita o escândalo somente de passagem.
O GLOBO
O Globo retoma a cobertura da Vaza Jato na edição de hoje, com um texto. Em reportagem sobre a afirmação de Joice Hasselmann de que seu celular foi invadido, o diário cita a invasão de celulares de integrantes da Lava Jato e de Sérgio Moro.
ESTADÃO
O Estadão traz dois textos sobre a Vaza Jato. Na Coluna do Estadão, Alberto Bombig destaca o incômodo de procuradores com Raquel Dodge, que demorou mais de um mês após a primeira mensagem vazada pelo Intercept para se manifestar. Em reportagem, o diário cita a nova publicação do Intercept de mensagens trocadas por procuradores sobre um possível receio de pressão política contra a investigação sobre Flávio Bolsonaro.
FOLHA
A reportagem da Folha sobre a nova matéria do Intercept foca nas preocupações de Deltan Dallagnol quanto à potencial indisposição com o presidente recém-eleito que uma investigação sobre seu filho, Flávio Bolsonaro, traria. Em artigo sobre a decisão de Dias Toffoli, Celso Rocha de Barros afirma que o presidente Bolsonaro tentou utilizar a Vaza Jato para sequestrar o lavajatismo para o seu lado e que agora Moro está entre defender a Lava Jato ou o governo Bolsonaro.
No dia 21 de julho, dois posts trataram das novas conversas divulgadas pelo Intercept Brasil referente à Operação Lava Jato no último domingo. Nestas, Deltan Dallagnol concordou que Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), mantinha um esquema de corrupção em seu gabinete operado pelo assessor Fabrício Queiroz, e que Moro poderia protegê-lo para garantir sua vaga no Supremo Tribunal Federal. O conteúdo deste diálogo alcançou alto número de compartilhamentos tanto a partir de matéria da revista Exame quanto por meme da página do Partido dos Trabalhadores, que destacou os comentários do procurador.
CONCLUSÃO
A presença da Vaza Jato cresceu com as novas mensagens divulgadas pelo Intercept. Os novos vazamentos, entretanto, não foram capazes de atrair o interesse do jornal O Globo, o qual continua a ignorar os novos fatos que agora atingem diretamente o Planalto.