Convictos, retrocedemos: o dia da mulher, Temer e a cobertura midiática
Foto Marcelo Camargo / Agência Brasil
As manifestações e discursos proferidos por autoridades em datas comemorativas nem sempre fazem jus às verdadeiras intenções que levaram à criação dessas datas, originalmente. Idealizado como homenagem às lutas das mulheres por emancipação e direitos, o 8 de março é frequentemente mobilizado para reforçar estereótipos de feminilidade e domesticidade. Apesar das manifestações no Brasil que caracterizaram a “Primavera Feminista” de 2015 e do aumento da visibilidade das pautas sobre questões de gênero em toda a sociedade brasileira, o presidente Michel Temer conseguiu produzir uma declaração oficial sobre o Dia Internacional da Mulher abominável até para o status quo da cultura brasileira contemporânea, que ainda é bem machista. A reação crítica nas redes sociais foi instantânea e acabou sendo objeto de pauta nas grandes mídias nacionais.
Os erros enunciados por Temer foram, no entanto, atenuados por alguns meios de comunicação e tratados como simples “gafes”. A tentativa de minimizar o caráter intencional e consciente da fala do presidente dificilmente se sustenta quando analisamos o pronunciamento sobre o 8 de março em sua totalidade: salvo menções às conquistas das mulheres nos últimos anos, como o direito ao voto e a criação de uma delegacia especial para tratar dos casos de violência, a família e o papel feminino nas atividades domésticas foram os pontos centrais do discurso de Temer. O imaginário sobre a condição da mulher afeita ao espaço privado está implícito até nas exaltações que ele fez à atuação em posições de comando e no legislativo, que nas palavras do advogado tornado presidente é “imensa” e “extraordinária”. Uma checagem de dados rápida mostra quão falaciosa é essa colocação, pois em rankings mundiais sobre presença da mulher no legislativo federal, o Brasil ocupa posição lastimável (115ª entre 138 países), sendo que estudos recentes mostram que a participação feminina evoluiu pouco ao longo dos anos, nunca ultrapassando 10% do quadro de deputados federais do país[1]. Essa participação pífia das mulheres brasileiras na política institucional só é extraordinária para quem relega o papel social das mulheres à domesticidade e às atividades de cuidado.
A “absoluta convicção” do principal representante do PMDB sobre “o quanto a mulher faz pela casa, o quanto ela faz pelo lar” ironicamente reflete as profundas ambivalências que acometem a vida das mulheres: se por um lado são festejadas em suas representações estereotipadas de maternidade, cuidado e domesticidade, todas associadas à esfera privada, por outro tal espaço é também palco de insegurança brutal. De acordo com a pesquisa “Percepção da Sociedade sobre Violência e Assassinatos de Mulheres”, realizada pela Data Popular e pelo Instituto Patrícia Galvão, 70% das pessoas entrevistadas, mulheres e homens, declaram achar que a mulher sofre mais violência dentro de casa. É também no ambiente doméstico que se dá a sobrecarga de trabalho das mulheres: na faixa-etária de maior produtividade, as mulheres chegam a dedicar mais que o dobro de horas que os homens às atividades do lar[2].
Mais do que comentar os absurdos do discurso presidencial, este texto tem como objetivo analisar a maneira como os grandes meios de comunicação do Brasil – Jornal Nacional, O Globo, O Estado de São Paulo e Folha de São Paulo – noticiaram o discurso presidencial e sua recepção no país e no exterior. O que foi reportado nas notícias? Quem foi ouvido nas reportagens? Como se deu a construção narrativa? Qual assunto encerrava as notícias? Nosso esforço está dividido em três partes: além dessa breve introdução, inicialmente descrevemos a cobertura das quatro mídias escolhidas, em seguida, comentamos a recepção do discurso presidencial pela imprensa internacional, e, por fim, tecemos breves considerações conclusivas.
Jornais brasileiros
A maioria das notícias registradas no jornal O Globo sobre o discurso de Temer acerca do Dia Internacional da Mulher adotou o mesmo padrão narrativo. No dia 8 de março, as matérias destacaram a repercussão negativa da declaração na internet, porém seguiram mostrando a defesa de Temer feita por Fátima Pelaes, Secretária de Políticas para as Mulheres, que contém menções a novas medidas implementadas pelo governo no SUS (Sistema Único de Saúde): as maternidades terão que ofertar o Dispositivo Intrauterino de Cobre (DIU) e uma cartilha pedagógica para partos humanizados[3]. Em uma das notícias, o final do texto fecha com a argumento óbvio de que o discurso de Temer só teve essa repercussão por ele ser presidente, uma vez que em outros anos ele não tinha tanta notoriedade. Tal ponderação, entretanto, serviu para que o jornal, em sua versão online, apresentasse um vídeo antigo do peemedebista, no qual Temer salientava seu comprometimento com a luta das mulheres, seja pela criação das delegacias da mulher, seja pela defesa de sua presença na bancada de líderes da Câmara Federal[4]. A única reportagem do veículo que terminou em tom negativo foi de autoria de Maria Lima e levou o título de Renan diz que mulher “serve também” para controlar preços, mas não “apenas para isso. Porém, essa reportagem também trouxe a opinião dos governistas, que mitigaram os comentários machistas do discurso de Temer[5].
Nos dias subsequentes, as notícias seguiram padrão similar: citavam as reações adversas das redes sociais, chamavam as palavras proferidas pelo presidente de “gafes”, e atenuavam ou mesmo defendiam o pronunciamento, dando voz a deputadas e senadores governistas. Menções às medidas favoráveis às mulheres anunciadas durante o 8 de março, bem como as que o presidente destaca em seu vídeo histórico – delegacias da mulher e representação na Câmara – adornavam os trechos finais das reportagens. A editorialização das notícias é evidente: a menção à recepção dos internautas foi contraposta com uma abertura exclusiva ao pronunciamento de representantes governistas, defensoras/es de Temer, assim como à exaltação das ações empreendidas por ele dentro e fora do governo[6]. Uma pequena nota, publicada no dia 10 de março em O Globo, entretanto, dá testemunho do viés governista contido na cobertura do folhetim, pois relata os destaques dados por New York Times, CNN, El País e Telegraph ao pronunciamento de Temer, todos marcadamente críticos ao machismo vergonhoso do mandatário brasileiro[7].
A abordagem do Jornal Nacional foi semelhante à do seu par impresso. No dia 8 de março, William Bonner comentou as manifestações nas redes sociais em relação ao pronunciamento de Temer e o programa deu destaque na tela a uma das falas que foram negativamente recebidas pelo público. Em seguida, foi apresentado o depoimento de Fátima Pelaes em defesa de Temer[8]. Já no dia 09 de março, em rápida menção ao tema, Sandra Annenberg destacou as respostas dadas por Michel Temer em seu perfil no Twitter, contendo menções a seus posicionamentos favoráveis à luta das mulheres[9].
O Estado de São Paulo, ao contrário das mídias do Grupo Globo, chegou a esboçar uma posição mais crítica à fala de Temer. Em uma notícia do dia 8 de março, selecionou apenas os comentários negativos feitos nas redes sociais[10]. Além disso, outras notícias se esforçaram por apresentar uma cobertura relativamente neutra, uma vez que, além de relatarem o caso, expuseram dois pontos de vista distintos – o da deputada Soraya Santos (PMDB-RJ), defensora de Temer, e o do deputado de oposição Marco Maia (PT-RS), crítico ao discurso do presidente[11]. Contudo, tal como o Jornal Nacional, no dia 9 de março o Estadão apresentou somente as respostas de Temer publicadas no Twitter, dando a ele a palavra final sobre a controvérsia.[12]
Por fim, a Folha de São Paulo foi a mídia que mais oscilou no padrão de cobertura do caso. Nas matérias contrárias a Temer três estratégias foram utilizadas: os argumentos enunciados pelo presidente foram contrapostos a dados sobre a posição das mulheres na sociedade, os erros no discurso do dia 8 de março foram comparados a outras “gafes” cometidas por ele, e sua declaração foi incluída em um levantamento histórico de equívocos de pronunciamentos de outros representantes do executivo na data[13]. A última estratégia é bastante ambígua, pois dilui o impacto e a responsabilidade do atual presidente, passando a imagem de que quando presidentes falam sobre direitos das mulheres, “gafes” são recorrentes.
Também de modo ambivalente, o jornal concedeu espaço para que Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, defendesse Temer. No entanto, confrontou a posição de Meirelles com o questionamento acerca do plano do governo de Reforma da Previdência e sua tentativa de equiparar a contribuição de homens e mulheres[14]. Em notícias com uma estrutura mais favorável ao presidente, apesar dos jornalistas ouvirem as críticas de um deputado da oposição, foram as defesas de deputadas governistas e, novamente, de Fátima Pelaes que predominaram[15]. A Folha fechou o “caso do discurso presidencial” com dois textos: uma extensa coluna concedida ao próprio Temer, publicada no dia 10 de março, na qual ele defendeu os direitos humanos, e uma nota minúscula de uma leitora ironizando o desconhecimento do presidente acerca das lutas das mulheres, que contém a pergunta “ele veio de Marte?”[16]. Assim, a Folha mais uma vez empregou sua estratégia recorrente de dar voz às partes envolvidas na controvérsia, mas de maneira muito assimétrica. Para completar o viés governista mal disfarçado, o questionamento da leitora foi totalmente despolitizado, como se ao invés de ser um reacionário convicto, Temer fosse somente alguém sem muito contato com a realidade.
As reportagens dos jornais, como era de se esperar, foram mais limitadas à descrição dos acontecimentos, ainda que com diferentes vieses e autorização de vozes, do que as colunas de opinião. Nesses espaços, as colunistas são, em tese, livres para expressar suas perspectivas pessoais sobre diversos assuntos. No caso do pronunciamento de Temer, constatamos que as interpretações do episódio não variaram conforme o veículo de publicação, mas sim de acordo com o gênero da/o colunista. As perspectivas mais críticas foram redigidas por mulheres[17].
As colunistas mulheres manifestaram sua perplexidade e contrariedade diante do discurso do presidente. Miriam Leitão denunciou: “não foi gafe, Temer acredita mesmo em tudo o que disse sobre o papel da mulher na sociedade”[18]. Em artigo na Folha de S. Paulo, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) classificou as palavras do presidente como inaceitáveis e lembrou os dados da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mulheres nos espaços de poder[19]. Patrícia Campos Mello classificou Temer como pior do que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e mais próximo do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Este último disse recentemente que as mulheres precisam do carinho dos homens, ao mesmo tempo em que assinava um decreto que arrefecia a penalização de espancamentos de mulheres nos casos em que os homens não quebram os seus ossos[20].
Os colunistas homens, por sua vez, tiveram posturas variadas: Zuenir Ventura e José Neumane recorreram a comparações com outros presidentes e ponderaram o peso das declarações de Temer. Ventura, após comentar aspectos importantes da luta feminista, chamou atenção para questões geracionais e confrontou as declarações de Temer com as de Lula, a fim de mostrar que o machismo expresso por eles é consequência da época em que cresceram: “Sou de uma geração preconceituosa, que cultivava estereótipos e até hoje, quando elogia, ofende, e mesmo quando quer agradar, é indelicado”[21]. Neumane reduziu a fala de Temer a algo que não foi “politicamente correto”, e a contrapôs às declarações de Dilma, que a seu ver, “mentiu descaradamente” ao povo brasileiro[22]. Conquanto ambos promoveram o mesmo descolamento do foco para figuras relevantes do Partido dos Trabalhadores, Neumane cometeu o ato temerário de, para relativizar os comentários machistas de Temer, desqualificar uma mulher!
Outro colunista que adotou a estratégia de criticar mulheres, ao invés de priorizar a fala de Michel Temer foi Hélio Schwartsman, da Folha. Após um parágrafo em que manifesta opinião claramente contrária ao pronunciamento do presidente, o autor começa a elencar os supostos erros do movimento feminista ao mesmo tempo que distribui ensinamentos de como as mulheres devem lutar[23].
Esses posicionamentos, entretanto, não refletiram o todo das posições dos colunistas homens. Ancelmo Góis, Frederico Vasconcelos, Ricardo Noblat e José Simão deram maior centralidade às críticas ao discurso de Temer. Adotando um tom moderado, Ancelmo Góis e Frederico Vasconcelos endossaram as declarações da juíza Andrea Pachá: “falta medida protetiva na Lei Maria da Penha contra discurso ofensivo às mulheres” e “o lugar de mulher é onde ela quiser”24]. José Simão, com seu humor apurado, ironizou: “só faltou ele dizer que a maior conquista da mulher foi a máquina de lavar”[25]. Ricardo Noblat comparou Temer e Trump, e refletiu sobre a correlação perversa entre o poder e o masculino, apresentando dados sobre a preponderante desigualdade de gênero em todo o mundo[26].
Imprensa internacional
Uma maneira de capturar o viés das escolhas e narrativas adotadas pela mídia brasileira é comparar sua cobertura com a das mídias estrangeiras. Uma rápida pesquisa mostra de cara que a imprensa internacional foi mais crítica do que a brasileira. Jornais impressos e programas televisivos não apenas denunciaram o machismo por trás do discurso do presidente, como recuperaram outros episódios em que o político manifestou disposição contrária às mulheres, como na ocasião da formação de seu primeiro gabinete, composto exclusivamente por homens, ou no fechamento do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.
O canal de cabo CNN noticiou a onda de descontentamento gerada pela declaração de Temer na internet, reproduziu algumas críticas tuitadas por brasileiras/os e acrescentou que essa revolta é sintomática de uma “crítica mais ampla ao presidente e a seu governo” que foram manifestas nos protestos ocorridos no Dia Internacional da Mulher[27]. A reportagem trouxe também a opinião de uma militante feminista brasileira.
John Oliver, apresentador do programa Last Week Tonight (HBO), fez um resumo das manifestações do Dia da Mulher e ridicularizou o discurso de Temer, dizendo que Vladimir Putin, presidente russo, é um exemplo de sensibilidade se comparado ao presidente brasileiro[28]. A emissora venezuelana Telesur também se posicionou sobre o episódio: criticou as falas de Temer ponto a ponto e trouxe comentários da senadora Gleisi Hoffman (PT) e da jornalista Alexandra de Moraes.
Nos meios impressos, o New York Times registrou a repercussão da fala de Temer: “Brasileiro Temer irrita mulheres com elogio às suas habilidades no supermercado”[29]. Os jornais Telegraph[30], The Straits Times[31], Independent[32] e The Globe and Mail[33] destacaram a histórica impopularidade do presidente com as feministas, o fato de que seu discurso reduz o papel social das mulheres ao trabalho doméstico e como as reformas por ele propostas devem prejudicar diretamente as mulheres brasileiras. Na mesma linha, o The Guardian destacou a predominância do grito “Fora Temer” nos protestos de 8 de março no Brasil e a ausência de mulheres no seu governo[34]. A respeito desse último quesito, o El País observou ainda que essa exclusão se coloca na contramão das políticas adotadas por sua antecessora, Dilma Rousseff.
O sul-africano Times Live chamou Temer de conservador e arcaico, criticou o papel secundário de sua esposa no evento e observou que os brasileiros ficaram estupefatos com seu discurso[35]. Assim como a Telesur, o jornal El Clarín sublinhou os comentários da senadora Gleisi Hoffman e da jornalista Alexandra de Moraes sobre Temer, respectivamente: “ele perdeu a oportunidade de ficar calado” e “creio que ele leu um discurso que Marechal Deodoro deixou esquecido em uma gaveta”. Contudo, o veículo, opositor renhido de Cristina Kirchner, finalizou a notícia com o argumento de defesa de Fátima Pelaes[36].
Considerações finais
Este texto buscou examinar o tratamento que os principais meios de comunicação brasileiros deram ao pronunciamento de Michel Temer no Dia Internacional da Mulher. Em linhas gerais, a grande imprensa nacional noticiou as declarações do presidente, destacou seus trechos polêmicos e recepção negativa, com especial atenção à sua repercussão nas mídias sociais. No entanto, é impressionante constatar que em momento algum a grande mídia brasileira se dispôs a ouvir a militância feminista, por mais que esse movimento social seja nos dias de hoje um dos mais ativos do país. Todas as pessoas entrevistadas são do meio político institucional e a maioria ligadas à base de sustentação do governo ou membros do poder executivo. A única mídia a ouvir uma perspectiva da oposição foi O Estado de São Paulo, que entrevistou o deputado Marco Maia, do Partido dos Trabalhadores.
Em contraste com a cobertura nacional, observamos que a imprensa estrangeira estruturou as notícias sem a preocupação de mostrar a defesa de Temer, com exceção do Clarín, bem como fez uma leitura mais atenta ao histórico do presidente. A mídia brasileira não só atenuou o caráter machista do discurso do político, como também ignorou perspectivas feministas e, através de seus colunistas, reafirmou um imaginário contrário ao Partido dos Trabalhadores, mesmo quando este não estava implicado no evento relatado.
Uma miríade de análises acadêmicas já demonstrou que a grande mídia brasileira é extremamente avessa aos movimentos sociais, particularmente àqueles com forte viés de classe, como o MST, MTST, Movimento Negro, entre outros. O movimento feminista frequentemente não traz a marca explícita do viés de classe, a despeito de as mulheres de diferentes classes sofrerem modalidades e intensidades diferentes de opressão. Por que será, então, que as feministas foram silenciadas de maneira tão peremptória neste episódio? Seria esse um cacoete de empresas jornalísticas já acostumadas a ignorar os movimentos sociais em geral? Ou trata-se de um caso em que o viés político favorável ao presidente trabalhou para mitigar as críticas a Temer vindas da militância feminista? Elas certamente seriam devastadoras.
Notas
[1] Brasil ocupa 115º lugar em ranking de mulheres na política. EBC – Agência Brasil, 30 de março de 2017. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-03/brasil-ocupa-115o-lugar-em-ranking-de-mulheres-na-politica
Para estudos mais aprofundados sobre o tema consultar:
Campos, Luiz Augusto; Machado, Carlos. A Cor e o Sexo da Política: composição das câmaras federais e estaduais (2014). Textos para discussão GEMAA (IESP-UERJ), n. 7, 2014, pp. 1-21. Disponível em: http://gemaa.iesp.uerj.br/wp-content/uploads/2014/09/images_publicacoes_TpD_TpD7_Gemaa.pdf
Campos, Luiz Augusto; Machado, Carlos. A Cor e o Sexo da Política: candidatos e candidatas nas eleições municipais de 2016. Textos para discussão GEMAA (IESP-UERJ), n. 12, 2016, pp. 1-19. Disponível em: http://gemaa.iesp.uerj.br/wp-content/uploads/2017/01/TpD12_Gemaa.pdf
[2] Síntese dos Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira. IBGE, 2015. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv95011.pdf
[3]Temer diz que mulheres analisam melhor preços de supermercado. O Globo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/temer-diz-que-mulheres-analisam-melhor-precos-de-supermercado21032564
[4]Internautas criticam discurso de Temer do Dia da Mulher. O Globo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/internautas-criticam-discurso-de-temer-do-dia-da-mulher-21032642
[5] Renan diz que mulher “serve também” para controlar preços, mas não “apenas para isso”. O Globo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/renan-diz-que-mulher-serve-tambem-para-controlar-precos-mas-nao-apenas-para-isso-21034483
[6] IGLESIAS, Simone. BARRETO Eduardo. Dia da Mulher e de gafes. O Globo, 9 de março de 2017.
IGLESIAS, Simone. BARRETO Eduardo. Após o improviso, o remendo. O Globo, 10 de março de 2017.
Divulgadas no dia 8, as falas das deputadas foram reapresentadas em outras notícias. Ver: Fala de Temer sobre mulheres gera reações no Congresso. O Globo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/fala-de-temer-sobre-mulheres-gera-reacoes-no-congresso-21034352
Após polémica, Temer defende direitos iguais para mulheres em casa e no trabalho. O Globo, 9 de março de 2017. Disponível em: http://oglobo.globo.com/brasil/apos-polemica-temer-defende-direitos-iguais-para-mulheres-em-casa-no-trabalho-21036900#ixzz4c4Z4tSJg
[7] As declarações de Temer repercutiram na imprensa internacional. O Globo, 10 de março de 2017.
[8] Discurso de Temer sobre a mulher provoca críticas nas redes sociais. Jornal Nacional, 8 de março de 2017. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/5709863/
[9] Após críticas, Temer usa redes sociais para defender direitos das mulheres. Jornal Nacional, 9 de março de 2017. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/5712936/
[10]Redes sociais ironizam declarações de Temer sobre o Dia da Mulher. O Estado de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://emais.estadao.com.br/noticias/gente,redes-sociais-ironizam-declaracoes-de-temer-sobre-o-dia-da-mulher,70001692222
[11] Temer: Ninguém melhor do que a mulher para indicar ‘desajustes de preços no supermercado’. O Estado de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,temer-ninguem-melhor-do-que-a-mulher-para-indicar-desajustes-de-precos-no-supermercado,70001691954
Deputados debatem no plenário declaração de Temer sobre mulher. O Estado de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,deputados-debatem-no-plenario-declaracao-de-temer-sobre-papel-da-mulher,70001692191
No dia 9 de março, Michel Temer e Marcela Temer estampam a parte inferior da capa do jornal impresso. O estrutura da notícia é semelhante à divulgada na internet dia 8 de março.
[12]Temer diz que mulheres devem ter direitos iguais em casa e no trabalho. Estado de São Paulo, 9 de março de 2017. Disponível em: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,apos-polemica-temer-diz-que-mulheres-devem-ter-direitos-iguais-em-casa-e-no-trabalho,70001693229
[13] ‘Tenho convicção do que a mulher faz pela casa’, diz Temer no Dia da Mulher. Folha de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864708-tenho-conviccao-do-que-a-mulher-faz-pela-casa-diz-temer-no-dia-da-mulher.shtml
Após gafe, Temer pede direitos iguais a mulheres ‘em casa e no trabalho’. Folha de São Paulo, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864956-apos-gafe-temer-pede-direitos-iguais-a-mulheres-em-casa-e-no-trabalho.shtml
Declarações polêmicas marcaram homenagens anteriores às mulheres. Folha de São Paulo, 10 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864976-declaracoes-polemicas-marcaram-homenagens-anteriores-as-mulheres.shtml
[14] Meirelles diz que Temer constatou ‘um fato’ em gafe sobre sobre mulheres. Folha de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864825-meirelles-diz-que-temer-constatou-um-fato-em-gafe-sobre-sobre-mulheres.shtml
[15] Deputadas governistas defendem fala de Temer sobre papel da mulher. Folha de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864843-deputadas-governistas-defendem-fala-de-temer-sobre-papel-da-mulher.shtml
Secretária de Mulheres minimiza gafe de Temer e diz que é ‘realidade’. Folha de São Paulo, 8 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1864782-secretaria-de-mulheres-minimiza-gafe-de-temer-e-diz-que-situacao-representa-realidade.shtml
[16] TEMER, Michel. O Brasil e os direitos humanos. Folha de São Paulo, 10 de março de 2017. GOMES, Sonia. Dia da Mulher. Folha de São Paulo, 10 de março de 2017.
[17] É importante ressaltar que a participação de mulheres entre as colunistas dos grandes jornais é muito baixa, conforme constatou pesquisa do GEMAA em parceria com o LEMEP: Jornalismo Brasileiro: gênero e cor/raça dos colunistas dos principais jornais do país. Disponível em: http://gemaa.iesp.uerj.br/infografico/jornalismo-brasileiro-genero-cor-raca-dos-colunistas-dos-principais-jornais/
[18]LEITÃO, Miriam. Os pontos-chave. O Globo, 10 de março de 2017.
[19]GRAZZIOTIN, Vanessa. Retrocessos no Planalto. Folha de São Paulo, 14 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vanessa-grazziotin/2017/03/1866223-retrocessos-no-planalto.shtml
[20] MELLO, Patricia Campos. Temer conseguiu ser pior que Trump no Dia da Mulher. Folha de São Paulo, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/patriciacamposmello/2017/03/1865050-temer-conseguiu-ser-pior-que-trump-no-dia-da-mulher.shtml
[21] VENTURA, Zuenir. Que o ano todo seja dela. O Globo, 11 de março de 2017. Disponível em: http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/que-o-ano-todo-seja-dela.html
[22] NEUMANNE, José. Platitudes no dia da mulher. Estadão, 9 de março de 2017. Disponível em: http://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/platitudes-no-dia-da-mulher/
[23] Temer e o Feminismo. Folha de São Paulo, 10 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/03/1865201-temer-e-o-feminismo.shtml
[24] VASCONCELOS, Frederico. Lugar de mulher é onde ela quiser, diz juíza a temer. Folha de São Paulo, 10 de março de 2017. Disponível em: http://blogdofred.blogfolha.uol.com.br/2017/03/10/lugar-de-mulher-e-onde-ela-quiser-juiza-diz-a-temer/ e GÓIS, Ancelmo. Juíza do Rio rebate Temer por causa de declaração sobre importância das mulheres. O Globo, 10 de março de 2017. Disponível em: http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/post/juiza-do-rio-rebate-temer-por-causa-de-declaracao-sobre-importancia-das-mulheres.html
[25] SIMÃO, José. Ueba! Supermercados Temer! Folha de S.Paulo, 11 de março de 2017 Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2017/03/1865321-ueba-supermercados-temer.shtml e SIMÃO, José. Mulheres! Temer elogia fogão. Folha de S.Paulo, 10 de março de 2017. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2017/03/1865061-mulheres-temer-elogia-o-fogao.shtml
[26] NOBLAT, Ricardo. Temer, Trump e as mulheres. O Globo, 12 de março de 2017. Disponível em: http://noblat.oglobo.globo.com/geral/noticia/2017/03/temer-trump-e-mulheres.html
[27]CHARNER, Flora. Brazilian president under fire over praise of women’s supermarket skills. CNN, 9 de março de 2017. Disponível em: http://edition.cnn.com/2017/03/09/americas/michel-temer-womens-day-speech/index.html?sr=twcnni03
[28] OLIVER, JOHN. International Women’s Day: Last Week Tonight with John Oliver. HBO, 8 de março de 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=dNV7COWz8ME
[29] A reportagem publicada em 8 de março de 2017 e inicialmente disponível no link abaixo, foi retirada do ar pelo próprio veículo sem maiores justificativas: https://www.nytimes.com/aponline/2017/03/08/world/americas/ap-lt-brazil-temer-women.html?_r=1
[30] ROTHWELL, James. Brazilian president Michel Temer attacked for praising housekeeping skills in International Women’s Day speech. Telegraph, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www.telegraph.co.uk/news/2017/03/09/brazilian-president-michel-temer-attacked-praising-housekeeping/
[31] Brazil’s Michel Temer tries calming row over housewife comments. The Straits Times, 10 de março de 2017. Disponível em: http://www.straitstimes.com/world/americas/brazils-michel-temer-tries-calming-row-over-housewife-comments
[32] Brazilian President sparks anger on International Women’s Day by praising ability to check supermarket prices. Independent, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www.independent.co.uk/news/world/americas/brazil-president-michel-temer-international-womens-day-shop-ability-anger-homes-care-families-a7620831.html
[33] NOLEN, Stefan. Brazil’s President draws fire for praising women’s supermarket skills on Women’s Day. The Globe and Mail, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www.theglobeandmail.com/news/world/brazils-president-draws-fire-for-praising-womens-supermarket-skills-on-womens-day/article34246796/
[34] International Women’s Day 2017: protests, activism and a strike – as it happened The Guardian, 9 de março de 2017. Disponível em: https://www.theguardian.com/world/live/2017/mar/08/international-womens-day-2017-protests-activism-strike-live
[35] Thousands of women rally for safety, rights in Latin America. Times Live, 9 de março de 2017. Disponível em: http://www.timeslive.co.za/world/2017/03/09/Thousands-of-women-rally-for-safety-rights-in-Latin-America1
[36] El gaffe “machista” del presidente de Brasil Michel Temer. El Clarín, 9 de março de 2017. Disponível em: https://www.clarin.com/mundo/gaffe-machista-presidente-brasil-michel-temer_0_SkeSA2Rcg.html