Greve dos caminhoneiros
Entre os dias 22 e 30 de maio, uma greve promovida por caminhoneiros provocou desabastecimento em todo país e culminou na demissão do presidente da Petrobras. Neste primeiro boletim da pluralidade na mídia, a equipe do Manchetômetro apresenta um levantamento dos posicionamentos sobre o episódio expressos nos editoriais e nos textos de opinião, artigos e colunas, publicados na Folha de São Paulo, O Globo e O Estado de São Paulo entre os dias 22 de maio, quando começou a greve, até o dia 3 de junho – levamos em conta somente a página que contém editoriais e a página oposta, pois elas contém a maior parte dos textos de opinião sobre política de cada jornal. O objetivo é identificar se os jornais concederam espaço para opiniões divergentes daquelas que eles próprios defenderam em editoriais. Abaixo, mostramos o agendamento do tema, ou seja, quantos textos de opinião foram publicados nos jornais durante o período e em quantos deles o tema da greve foi abordado, e o posicionamento expresso nesses textos sobre o movimento grevista. Por fim, apresentamos as opiniões quanto à política pública que determina os preços dos combustíveis no Brasil: se as flutuações no câmbio devem ser repassadas imediatamente ao mercado interno (chamada aqui de “indexação de preços”) provocando alterações diárias nos valores — política que vinha sendo adotada pela Petrobras desde 2016 –, ou se a estatal deveria controlar o repasse ao consumidor por meio de subsídios – política chamada aqui de “tabelamento de preços”.